Por João Pedro Goulart
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(Estagiário sob supervisão de Lucas Kurz)

Na tarde de segunda-feira (6), as obras de reparação nas cabeceiras da Ponte do Laranjal, na avenida Adolfo Fetter, deixaram o trânsito no sentido bairro/Centro em meia pista. Está sendo feita a abertura dos canteiros centrais, o que possibilitará o posterior desvio que será utilizado na ponte centro/bairro a partir do início das restaurações nas fundações. O local segue sinalizado com a presença de agentes da Secretaria de Transportes de Trânsito que controlam o fluxo de veículos.

Em fevereiro deste ano, moradores fizeram reclamações sobre instabilidades nas bases da estrutura de sustentação da travessia, além de buracos e desníveis na superfície da pista. Em vistoria, foi constatado que parte da fundação da ponte era composta de materiais como blocos de pavimentação, aterro e até pedaços de madeira, que com o tempo se soltavam e ficavam acumulados no barranco. As precariedades na contenção da ponte, começaram, então, a apresentar risco para os moradores que utilizam a via que liga a cidade aos balneários e Colônia Z-3.

O secretário de Obras e Pavimentação, Giovan Pereira, explica que é necessário realizar uma contenção para fazer o nivelamento entre a pista e a parte da ponte que apresentou problemas. "Há uma cabeceira que deu uma cedida, mas as outras três estão boas, o concreto está bem feito e não há nenhum perigo", afirma.

Pereira destacou que nesta segunda-feira, as equipes da Secretaria de Obras de Pavimentação iniciaram as atividades na Ponte do Laranjal, preparando o desvio para, que na terça-feira comece a aplicação do asfalto quente (CBUQ) em cima do desvio construído. A previsão do secretário é de que entre a tarde de hoje e amanhã, a Construtora Pelotense inicie as obras de reconstrução das cabeceiras, sob fiscalização e gerência da Smop.

Conforme o secretário, o cronograma de trabalho prevê que nesta terça-feira, comece a ser desviado todo o trânsito para a via Centro/bairro. A partir disso, o prazo para conclusão das intervenções é estimado em 60 dias, tempo de contrato assinado pelo Município com a empresa.

Preocupação

Inevitavelmente, as reconstruções atingem a rotina dos moradores que utilizam o trajeto no dia a dia. Marislei Ribeiro, professora na Universidade Federal de Pelotas e moradora do Laranjal, atravessa a ponte todos os dias para se deslocar até a faculdade. Ela afirma que os problemas da ponte já são percebidos pelos moradores há bastante tempo, principalmente nas partes onde o asfalto cedeu.

A apreensão da professora se dá quanto ao trânsito. Embora não tenha sentido grandes diferenças no fluxo de veículos durante as reformas atuais, recorda a situação recente de obras realizadas pelo Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep), em junho, que duraram uma semana e culminaram em grandes congestionamentos na região. "Para quem vinha da cidade, sentido Centro/Laranjal, o engarrafamento chegava a mais de duas horas", lembrou. Segundo ela, existem horários de pico que geralmente apresentam as piores obstruções. "O horário de trabalho é o mais agravante, os horário de colégio, pela manhã cedo, e à tarde na volta para casa. [...] Chega a durar mais de uma hora", completou.